quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

O Amor e o Tempo- António Feijó


O Amor e o Tempo

Pela montanha alcantilada 
Todos quatro em alegre companhia, 
O Amor, o Tempo, a minha Amada 
E eu subíamos um dia. 

Da minha Amada no gentil semblante 
Já se viam indícios de cansaço; 
O Amor passava-nos adiante 
E o Tempo acelerava o passo. 

— «Amor! Amor! mais devagar! 
Não corras tanto assim, que tão ligeira 
Não pode com certeza caminhar 
A minha doce companheira!» 

Súbito, o Amor e o Tempo, combinados, 
Abrem as asas trémulas ao vento... 
— «Porque voais assim tão apressados? 
Onde vos dirigis?» — Nesse momento, 

Volta-se o Amor e diz com azedume: 
— «Tende paciência, amigos meus! 
Eu sempre tive este costume 
De fugir com o Tempo...
Adeus! Adeus!


Li este poema pela primeira vez nuns azulejos do nosso Portugal e adorei-o... Não me lembro agora é do lugar específico... Alguém me dá uma ajuda? 

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