Quando comecei este blogue, sempre tive o objectivo de escrever apenas sobre livros, cinema, música e coisas que tornam o nosso dia-a-dia bonito e especial mas sendo um blogue que pode chegar a várias pessoas (não muitas, vá lá, mas algumas), decidi hoje abrir uma excepção e expôr um tema que me pôs muito mal disposta, que conseguiu fazer com que eu me envergonhasse da minha própria espécie. Se viram o meu perfil, leram que sou bióloga, mas não é preciso ser estudado para que uma notícia destas nos revolte e/ou enoje! Todos os dias vimos notícias que não deixam dúvidas sobre o quão baixo o ser humano pode descer mas é impressionante como, todos os dias, achamos que já não há nada que nos possa surpreender e depois deparamo-nos com isto:
Veterinária espanhola denuncia tráfico de orangotangos para prostituição
Publicado em 25 de Fevereiro
de 2014.
A prostituição de orangotangos é uma
prática comum em alguns países asiáticos, sendo que muitos destes animais são
enclausurados e sofrem abusos sexuais contínuos de várias pessoas, de acordo
com a veterinária espanhola Karmele Llano,
que trabalha na Borneo Orangutan
Survival (BOS).
Llano, que há oito anos denunciou os
abusos sofridos, no Bornéu, de um orangotango de 12 anos, chamada Pony, diz que
a prostituição de orangotangos é comum em locais com a Tailândia, por exemplo.
“O caso de Pony não é isolado. Sabemos que
na Tailândia é frequente ver bordéis a usarem fêmeas de orangotango como
diversão sexual para os clientes”, explicou Llano à revista Taringa.
De acordo com a associação Orangutan
Conservancy, há apenas 20 mil orangotangos no mundo. A ONG explica que estes se
poderão extinguir em apenas 10 anos, caso continuem a ocorrer casos como estes
– ou, por exemplo, combates de boxe entre estes animais.
No caso de Pony, ela foi descoberta
completamente depilada, perfumada e com os lábios pintados. O animal estava
acorrentado a uma cama, para que os clientes do bordel, na vila de Keremgpangi,
pudessem abusar dela – de acordo com Llano, tratam-se sobretudo de
trabalhadores da indústria madeireira e extracção de óleo de palma.
Porém, estes casos não ocorrem apenas na
Ásia. Segundo noticia o La Gaceta,
este tipo de práticas são também recorrentes em países onde a legislação em
matéria de protecção dos direitos dos animais é inexistente. Inclusive na
Europa.
Segundo o espanhol diariomascota,
na Alemanha a legislação não comtempla como ilegal a prática de sexo com
animais. Existem, por isso, pequenos bordéis, na sua maioria clandestinos, que
se dedicam a este tipo de clientes com inclinações zoófilas